minha casa não tem porta
é uma infinita selva crua
paredes por todo lado me cercam
lembrando a cada instante
viver não tem cura
viver é coser eternamente
uma colcha de retalhos
de fados e fatos enternecidos
úmidos e salgados
emendados com a doce mentira do gozo
de quem nasce, ama e morre
chorando o peito desnudo

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