Deixei de voar
Cortei minhas asas
Fechei as janelas da minha alma
Para essa vontade desmedida de me
Compreender
Para esse zelo vulgar
Para as alternativas inóspitas que me cercam
Não há mais ruas
Só o beco
E esta paisagem que se desfecha
É miragem
É minha vaga lembrança
De mim
GOSTEI DAS IMAGENS TRABALHADAS NESTE POEMA. PERCEBO UM TOM LÍRICO BASTANTE INTENSO. TALVEZ O POEMA SEJA UM TANTO "SNAPSHOT" OU ALGO ASSIM, MAS NÃO SUPONHO EXPLICÁ-LO, MUITO MENOS COMPREENDER SEUS ENIGMAS. BANDEIRA DISSE EM SUA CRÔNICA, "A CHAVE DO POEMA", QUE "TODA POESIA É ENIGMA". COM EFEITO, PODEMOS LEMBRAR DO QUE DISSE ADORNO EM SUA "PALESTRA SOBRE LÍRICA E SOCIEDADE":
ResponderExcluir"SÓ CONSEGUE ENTENDER O POEMA AQUELE QUE ESCUTA EM SUA SOLIDÃO A VOZ DA HUMANIDADE".
CONTINUE ESCREVENDO. SUGIRO O LIVRO "A ROSA DO POVO", DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, E O CONTO "DESENREDO", DE GUIMARÃES ROSA, COMO LEITURA.
BEIJOS POÉTICOS E SAUDOSOS. =)
Obrigada Lúcio. realmente não consigo escrever nada que não seja impessoal, e esse tom "snapshot" na verdade reflete o momento da concepção, pois a minha poesia brota do instante. mas não quero me explicar e nem me fazer entender. isso deixo pra quem me lê...rsrsrs. abração
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