torpor




a palidez se transformou
torpor
agora nova face vem
compor
sem cadência ou melodia
rima
que me faz errante
sina
e sugere notas desconexas
ardente
cada vez que me vejo
constante
e teu corpo de mim
ausente

5 comentários:

  1. Coisa mais bonita que você fez aí.

    A mutação inicial, no sentir dos versos, foi a mutação inteira do sentido que li. Do que era claro e foi se tornando encarnado para, ao final, mesclar-se ao não-ter.

    Acho bom parar de tentar traduzir. Poesia não precisa disso. Ela é.

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  2. nossa Jaya, o que vc escreveu é mais lindo que o poema...

    na verdade a mutação sou eu. me transmuto todos os dias e nem me reconheço muitas vezes...e ao final não tenho a minha própria imagem, porque ela já não é o que conheço, mas outra e ao mesmo tempo eu ainda.

    é assim, comigo e com a poesia.
    bjs

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  3. a face rubra ou lívida faz do poema um modo de vida.

    a rima é consequência
    e é bonita a cadência

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  4. ausente
    e teu corpo sugere notas desconexas
    de mim cada vez que me vejo
    a palidez se transformou
    sem cadência ou melodia
    agora nova face vem torpor
    me faz errante compor
    rima ardente constante sina

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