hoje resolvi não me ser
quero me despir de mim
me tornar previsível
sem qualquer artifício
hoje resolvi não me dar
quero desnudar
do que me faz visível
do que me dá propósito
hoje resolvi não me olhar
quero andar errante
e me enxergar no outro
fazer do presente
distante
e do constante
epílogo
E faz bem!
ResponderExcluirHoje tenho uma amiga triste
ResponderExcluire não posso marcar o passo
do blues na língua e no tamanco
Hoje me sinto manco na alma
e com calma vou me ocultando
do estranho risível que represento
Hoje minhas entranhas expostas
são postas fritas de errância
são distância entre música e olvido
hoje nem conhaque nem lua
me vejo co movido
dizem
ResponderExcluirque depois da tristeza
posso sorrir
com a certeza
de saber agora
o que é felicidade
antes só imitava
a felicidade
no espelho
Alice não sabe
ResponderExcluirmas os espelhos
são desalmados
e as almas
por estes lados
já nascem espelhadas
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a felicidade é sobretudo
uma maneira triste de sorrir
do próprio infortúnio de viver
e a fortuna
ResponderExcluirdo devir?
passo calada
e xingo essa alma
espelhada
que não se importa
em / me
ver partir