Pedaços



um eu que se mostra profundo
disforme
animal cativo
da própria sorte
transpira agonia
na ponta dos dedos

um riso que soa maligno
etéreo
capaz do lascivo
e do eterno
diante do espelho
reflete

uma vida que ascende
e cede
conspira pudores
arfando no peito
anseios
entorpece

um corpo que carrega o mundo
ao mesmo tempo
gravita sem norte
errante
eterno bucolismo
sedento
distante

2 comentários:

  1. Senti angustia também. E essa iamgem cai como uma luva, assim como angustia me passa extremo egocentrismo.


    beijos de saudades

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