não vou dizer
que sinto falta das nossas conversas
e da cumplicidade do nosso olhar
das mentiras que contamos
um ao outro
pra acariciar a existência
do insólito
não quero a lembrança cheia de pudor
dos despudorados que fomos
quero o silêncio
o respeito
quero a remota possibilidade
da frieza
e rezar
para que a distância entre nós aumente
não vou dizer
que não sinto falta
que não sinto tua falta
mas digo que não quero
tua amizade forjada
atrás de portas
semicerradas
caralho! Só nao o recitarei para a pessoa que lembrei, pois este merece um poema tão bonito. Mas é isso, devo assumir...
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