Fecho a janela da frente
para que o olhar estranho
permaneça lá fora
permaneça estranho
tampouco abro a porta
para cada pedaço
da curiosa novidade
do cotidiano
não quero olhares
não quero tato, pele, pelo
quero a surdez
quero a ausência simples
quero a decisão certa
e o desejo de não voltar atrás.

Nenhum comentário:

Postar um comentário