desista.


desista
de ir tão longe, fundo
de cravar as unhas na
liquidez do mundo
desista
de seguir a trilha, meta
de ter certezas como cartas
postas sobre a mesa
desista
de romper com o beijo esperado
e ver o dia amanhecer
junto com o escárnio
desista
você não tem coragem
de queimar, com a ponta do cigarro
toda essa paisagem que passa
pela janela do carro
enquanto seguro sua mão
não
diga
não
insista
desista.

Um comentário:

  1. :O

    Uau... esse poema fico incrível! me identifiquei muito mesmo :)

    parabéns.

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