sim, me tornei a megera
a negra peste que aprisiona e mata
a vadia que depois do gozo
repele e devolve a grana
e ainda assim jura que ama

sim, me tornei a interesseira
a que escolhe a dedo sua vítima
a que acolhe, apenas
pelo prazer fugaz
o rapaz que mais oferecer

sim, me tornei a sábia
destilo palavras feito veneno
e te cativo com a minha fruta
rubra, meu latim exótico
meu léxico tóxico

quero agora uma vítima
que vai urdir por toda maldade
por cada pedaço da insanidade
que sou feita. quero agora
vem na minha cama
e deita

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