o desejo
é um vilão que atormenta o destino
e faz de cada roda tranquila
a pedra do desatino
que embola o fio da meada
e dá o nó cego do caminho
o desejo
é o vilão da carochinha
é quem assalta as noites insones
e foge sem lenço e sem fome
o desejo desconhece a dor
do homem que, preso
aflige inerte a lida sem nome
desfaz do barro a costela
corre com alma nua
pela estrada que se agiganta
numa tela

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