depois de quase afogar
quase morrer
quase expirar
me abandono de ti
e confesso todos os
despudores que sou feita
toda ultrajante melodia
que soou feia aos meus ouvidos
canto para que me ames
e me queira com tudo o que não presta
com todo desejo que resta
sem música sem poesia
sem a nostalgia da foto antiga na parede
sem o álcool e sem o fumo
só este barco sem rumo
à deriva de qualquer lua ou serra

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